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Armarinhos Teixeira – morfología oblíqua

22. setembro – 10. novembro 2016

Em 22 de setembro, a BRASILEA inaugura a mostra do brasileiro Armarinhos Teixeira, artista que nasceu em São Paulo, onde mora e está profundamente enraizado. Sua arte é marcada por essa metrópole gigantesca. Inspirado pelo ambiente cotidiano em meio à construção civil, utliiza matéria prima industrial tal como nylon, poliéster e cordões de couro ou de aço. Surgem então obras de arte que pendem, flutuam, repousam, fluem ultrapassando barreiras e se adaptam a um espaço dado tanto quanto à forma, como ao tamanho. Materiais inicialmente grosseiros criam formas requintadas, evocando uma ligação entre o urbano e o campestre. Quanto à cor, as majestosas instalações apresentam a da terra paulista e brasileira.

Em seus trabalhos, Armarinhos Teixeira estuda meticulosamente as formas dos diversos objetos achados na cidade, no mato ou nos baldios; a seguir os organiza em agrupamentos dentro de um contexto moderno. Eis o ponto de partida, de onde supradimensiona suas esculturas, instalações e imagens, explorando recursos adquiridos e os tornando abstratos. Despojados de materialidade, esses conjuntos fazem grande efeito. Plasticidade domina o espaço; as obras se relacionam entre si, oferecendo ao espectador conjuntos tridimensionais, interligados por intermináveis amarras de borracha que os integram com maciez e harmonia.

Com as mãos, Armarinhos Teixeira modela a massa indefinida de material que vem em rolos de 1,40 m de largura: metro após metro é por ele enrolado, torcido e rejuntado, amarrado ou provido de nós. A maleabilidade do material favorece o trabalho. Suportes, tais como ganchos e mosquetões, ligam os elementos entre si, prendendo-os na parede, no chão e no teto. Neste processo, as obras se fundem em formas orgânicas e estéticas, cuja origem é difícil de se suspeitar. Armarinhos é um mestre da morfologia. É incansável na prática da experimentação até atingir a perfeição, criando novas dimensões a partir dos materiais que lhe são familiares, e que adquirem então um novo significado.

Além de cinco exposições realizadas na Europa e em Nova Iorque, o artista já expôs muitas vezes em sua terra natal. Obras suas constam, entre outros, no acervo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, no White Bos Manhattan em Nova Iorque e na coleção particular de Ernesto Espósito na Itália.

As obras de Armarinhos Teixeira são concebidas em correlação a um determinado local. Atualmente ele está trabalhando seus múltiplos materiais em um atelier temporário, tendo como suporte cordão de nylon da indústria de pneus e criando assim obras que serão expostas na Brasilea.

A mostra será apresentada com um catálogo trilingue em alemão, inglês e português.

 

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